terça-feira, 2 de junho de 2020

Ponte para Terabítia





Faz muito tempo que vejo esse filme, mas não me canso de reprisá-lo. Talvez porque eu seja mãe, o enredo tenha me comovido profundamente, a ponto de encontrar nas entrelinhas, a cada vez que assisto, uma boa razão para recomendá-lo.


É um filme indicado para todas as idades, principalmente para adolescentes, mas trata-se de uma produção que deveria ser vista, como lição de cada, por pais, familiares, profissionais da educação e todos aqueles envolvidos, de alguma forma, com o desenvolvimento de crianças, com o objetivo de compreender um pouco mais sobre conflitos dos nossos filhos, por vezes, silenciados pelo medo, angústia, ansiedade, timidez etc.

Quem disse que a vida de uma criança é fácil? Os adultos, envolvidos com todas as responsabilidades do dia a dia, por vezes, não notam os inúmeros problemas que as crianças enfrentam, principalmente em “tempos” de bullying, de imposições sociais, enfim, com todo tipo de regras de comportamento, induzidas pelas mídias.

Ponte para Terabítia transporta-nos para um ambiente escolar agressivo, para o íntimo de uma família com dificuldades financeiras, para o encontro de uma amizade leal, para as portas da realidade com toques mágicos e surpreendentes. Mas, acima de tudo, apresenta-nos Jesse (Josh Hutcherson) e Leslie (Anna Sophia Robb), os protagonistas dessa história e alunos do 6ºAno, que vivem no campo, sem TV, o que os mantêm com o comportamento de acordo com suas idades cronológicas.

Ah, não podemos nos esquecer da irmãzinha de Jess, a May Bell (Bailee Madison), de seis anos. Tão doce e tão meiga, que enfeita o filme como se fosse uma florzinha do campo. Também devemos citar a Janice que, apesar de iniciar o filme como uma estúpida, termina a história com aprendizado e redenção.

O livro que deu origem ao filme foi escrito para David, o filho da autora, a norte-americana Katherine Paterson, na ocasião em que o filho perdeu sua melhor amiga. A história não é didática, não apresenta simplificações ou eufemismos sobre os dramas existenciais dos adolescentes, também não apresenta como objetivo maior a “lição de moral”, apesar de que é muito bom ver a Janice, a valentona que rouba os bolinhos de May Bell, se redimindo das maldades. A autora “não doura a pílula” sobre temas sensíveis, como por exemplo, a morte, que faz partir o coração de quem assiste. Vale a pena! Convide a família.


Disponível em:<http://criticos.com.br/?p=1193 >em:2/6/2020
Adaptações para fins pedagógicos - Sandra Garcia

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