quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Era Primavera

Estou de frente à janela.

Os autos passam apressados.

Minhas asas insistem no casulo,

Resistem, antes que este se abra

E me expulse...

Preciso da chuva...

Ouço pássaros, vida.

Sinto a brisa morna de um verão precipitado,

Atrevido,

Que invade estação alheia.

E minhas asas...

Quietinhas, na masmorra,

A espera...

Não sei do quê.


(Sandra Garcia)

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