Estou de frente à janela.
Os autos passam apressados.
Minhas asas insistem no casulo,
Resistem, antes que este se abra
E me expulse...
Preciso da chuva...
Ouço pássaros, vida.
Sinto a brisa morna de um verão precipitado,
Atrevido,
Que invade estação alheia.
E minhas asas...
Quietinhas, na masmorra,
A espera...
Não sei do quê.
(Sandra Garcia)
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